Bovespa opera em alta, com ajuda do exterior

Painel da B3 - Bovespa — Foto: Nelson Almeida/ AFP

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, engatava a segunda alta consecutiva nesta sexta-feira (20), em linha com a recuperação nos mercados no exterior, com os mercados avaliando as medidas anunciadas por bancos centrais e governos, que estão prometendo grandes quantidades de dinheiro para amenizar os impactos econômicos da pandemia de coronavírus.

Às 13h35, o Ibovespa subia 0,72%, a 68.821 pontos.

Entre os destaques de alta,Azul subia mais de 21% e Gol acima de 26%, após fortes perdas recentes, amparadas em medidas para o setor de aviação civil, além de ações das próprias companhias. Até a quarta-feira, os papéis acumulavam perdas de mais de 80% cada uma.

Já o dólar é negociado em queda, voltando a se aproximar do patamar de R$ 5.

Na quinta-feira (20), o Ibovespa fechou em alta de 2,15%, a 68.331 pontos, em uma trégua nas fortes quedas recentes, que fizeram o índice tocar mínima intradia desde julho de 2017 mais cedo na sessão da véspera. Na semana, porém, o índice acumula perda de cerca de 17%, com o desempenho no ano negativo em mais de 40%.

Cenário global e doméstico

No exterior, as bolsas europeias saltavam pela segunda sessão consecutiva nesta sexta-feira.

A Comissão Europeia disse nesta sexta-feira que está estudando a flexibilização das regras da dívida para os estados membros e a emissão de títulos comuns da zona do euro, na tentativa de fortalecer empresas e famílias.

A redução do pessimismo se refletia em todos os mercados de ações globais, à medida que diversos países debatem medidas de ajuda financeira direta para empresas e trabalhadores.

“A ação conjunta de governos e bancos centrais promove uma espécie de otimismo cauteloso em meio ao agravamento da crise”, destacou a equipe da Guide Investimentos, em nota a clientes.

No Brasil, o governo anunciou na véspera que planeja pagar um auxílio para os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos e forem afetados pela redução de jornada e salários proposta nesta semana pelo governo federal. Também anunciou que pretende pagar os primeiros 15 dias de afastamento se o trabalhador tiver contraído o coronavírus.

Fonte: G1